quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A INCOMPLETUDE HUMANA

A incompletude, mesmo não constituída em assunto empolgante para conversas tanto populares quanto eruditas, é, todavia, sentida, todos os dias, como experiência na condição humana. Querendo ou não, sentem-se os humanos obrigados a lidar com constatações que mostram, ao lado das suas grandes capacidades, um antagonismo de extraordinária fragilidade, e que em todos os dias os interpela para preencher a falta de algo, seja na mediação dos recursos técnicos, eletrônicos e midiáticos, ou na procura de reagentes somáticos para diminuir dores, suprir fomes, expectativas, ansiedades e tantos outros limites.

O termo “incompletude” decorre do adjetivo derivado da palavra latina “incompletu” que significa imperfeito, não acabado ou não completo. Assim, a palavra incompletude é usada para expressar a característica muito peculiar e específica da condição humana, que é a da constante necessidade de se completar com serviços, obras, ações e valores que lhe deem significado. É nesta perspectiva antropológica que vamos alargar uma das muitas dimensões da cultura humana e que, por isto mesmo, nos distingue radicalmente da vida de outros seres neste planeta.

Texto compilado de:
João Inácio Kolling1

1 É professor da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde-MT, Mestre em Antropologia e Doutor em Filosofia e Ciências da Educação. Endereço: joaoik@bol.com.br ou João@unilasallelucas.edu.br

CAIXA PRETA Roberto Lanza
29/09/2016

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