A incompletude,
mesmo não constituída em assunto empolgante para conversas tanto populares
quanto eruditas, é, todavia, sentida, todos os dias, como experiência na
condição humana. Querendo ou não, sentem-se os humanos obrigados a lidar com
constatações que mostram, ao lado das suas grandes capacidades, um antagonismo
de extraordinária fragilidade, e que em todos os dias os interpela para
preencher a falta de algo, seja na mediação dos recursos técnicos, eletrônicos
e midiáticos, ou na procura de reagentes somáticos para diminuir dores, suprir
fomes, expectativas, ansiedades e tantos outros limites.
O termo
“incompletude” decorre do adjetivo derivado da palavra latina “incompletu”
que significa imperfeito, não acabado ou não completo. Assim, a palavra incompletude
é usada para expressar a característica muito peculiar e específica da
condição humana, que é a da constante necessidade de se completar com serviços,
obras, ações e valores que lhe deem significado. É nesta perspectiva
antropológica que vamos alargar uma das muitas dimensões da cultura humana e
que, por isto mesmo, nos distingue radicalmente da vida de outros seres neste
planeta.
Texto compilado de:
João Inácio
Kolling1
1 É professor
da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde-MT, Mestre em Antropologia e Doutor
em Filosofia e Ciências da Educação. Endereço: joaoik@bol.com.br ou João@unilasallelucas.edu.br
CAIXA PRETA Roberto Lanza
29/09/2016
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