O perdão é um
substantivo, derivado do verbo perdoar, que significa remissão de pena;
desculpa; indulto, entre outros significados. O verbo perdoar significa
desculpar, absolver, aceitar, sendo na voz passiva poupar-se. É um verbo
oriundo da palavra latina perdonare, pode assim ser desmembrada: per donare, ou seja, em português, pelo doar.
O verbo doar (donare em Latim) que significa transmitir gratuitamente (afetos,
generosidade, bens, etc.) a outrem, na voz passiva significa consagrar-se,
dedicar-se, dar-se.
Acontece que dar o perdão a
outrem é relativamente fácil, principalmente quando se trata de um ato
involuntário cometido pelo outro, causando efeitos morais, danos materiais ou
lesões corporais leves ou mesmo até graves, porque o sujeito que sente, apesar
de ser também o objeto sentido, há um limite simbólico separando o agente da
causa do mal do sujeito considerado vítima. Aqui o fenômeno se passa como sendo
o observador fora do campo de observação.
O mesmo já não ocorre quando o
sujeito comete um erro, uma falha ou um ato imperfeito contra si mesmo. Torna-se
muito mais difícil de perdoar-se, porque sujeito e objeto encontram-se no mesmo
campo de observação, ou melhor, dentro da sua própria consciência. Ele de
agente passa a ser vítima e réu ao mesmo tempo. Todos os componentes de
orgulho, vaidade, medo de rejeição etc., em maior ou menor grau, estão em jogo.
O sujeito não pode errar, especialmente quando ocorrem perdas. Ás vezes o erro
que deveria ser considerado pedagógico torna-se perverso, colocando o sujeito
em estado de penúria interior, de autopunição, com tendências masoquistas.
Anular esse tormento interior é
realmente um grande desafio para o ser humano, pois o medo de provocar a ira do outro prevalece a preferencias em renunciar a defesa do seu próprio desejo. Parece até que vivemos
num mundo de mendicância afetiva, em detrimento da nossa própria condição de
vivermos em paz conosco mesmos.O outro é sempre um outro e não nosso complemento.
Segundo as ciências da psicologia, o ser humano é um ser de desejo, Como o desejo humano é não natural ele só pode desejar um outro desejo, também não natural. Assim ele é desejo do desejo do outro (parental ou outro semelhante), Então o que ele quer é atender ao desejo do outro. Desta forma, o sujeito só sabe do seu desejo se estiver em oposição ao desejo que o outro se lhe impõe. Por medo de rejeição ou de contrariar o desejo do outro, ele prefere trair o seu próprio desejo. Eis a questão porque é mais fácil aceitar a invasão do outro do que contestá-lo..
Segundo as ciências da psicologia, o ser humano é um ser de desejo, Como o desejo humano é não natural ele só pode desejar um outro desejo, também não natural. Assim ele é desejo do desejo do outro (parental ou outro semelhante), Então o que ele quer é atender ao desejo do outro. Desta forma, o sujeito só sabe do seu desejo se estiver em oposição ao desejo que o outro se lhe impõe. Por medo de rejeição ou de contrariar o desejo do outro, ele prefere trair o seu próprio desejo. Eis a questão porque é mais fácil aceitar a invasão do outro do que contestá-lo..
Sugiro ao leitor visitar o artigo
publicado neste mesmo BLOG no dia
17/02/2015, intitulado “UMA QUESTÃO DE
VIDA OU MORTE”.
CAIXA PRETA Roberto Lanza
20/04/2014
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