O
ser humano é uma realidade complexa bastante susceptível para o desequilíbrio
emocional. Em matéria de psiquismo, todo ”beco
sem saída” tem uma passagem secreta e, ao mesmo tempo um “esconderijo”
à nossa disposição, no intimo da nossa consciência. . Em contrapartida, a saída
secreta exige esforço, disposição e precisa de nossa licença.
Geralmente
preferimos permanecer no joguete de meias verdade, num jogo de “faz de conta”
inviabilizando modificar a nós mesmos para uma vida pessoal de menor qualidade.
No esconderijo, para evitar o confronto com a nossa verdade traumática,
refugiamo-nos no escapismo, afastando-nos da própria verdade. Tal fuga se faz
recompensa ilusória e desastrosa.
O
escapismo é uma forma de nos proteger de nós mesmos, que se torna uma
recompensa ilusória e desastrosa. Quando o viver passa a ser doentio,
depositamos na morte a promessa maior de vida e o que soçobra é o medo da vida,
o qual camufla a morte como expressão da nossa recusa de sermos verdadeiros.
Assim, falta-nos auto-possessão com sentido de vida.
Interessante
é que, comprovadamente, existem casos de enfermidades graves com previsão de
óbito e, no entanto, o paciente foi salvo ou se curou e proporcionou um
processo de mudança de vida mais equilibrada. Em tais casos, a causa da cura
foi a iminência da morte que a vida foi incapaz de suscitar..
Neste
sentido, é importante ressaltar que a ameaça de morte faz valorizar o que
realmente é importante – fruição nas
relações. Portanto, podemos constatar que: na vida se consegue o que se
busca, sobretudo uma doença.
Sentir
dentro de nós uma plenitude de paz é estar de bem com a vida, consigo mesmo e
com os outros, mas, primeiro, é preciso abandonar os velhos hábitos e
pseudos-valores.
É
muito natural que, no decorrer da vida ocorram aberraçõescuja incerteza nos assusta.
Mutações sempre acontecem e nos ameaçam, sobretudo quando nos falta um ponto
focal firme que cimenta as partes do todo.
Se
mal integrados, em razão de vivermos mais para fora que para dentro, fugimos
para fora. Ficando mais vulneráveis, cultivamos o caos interior, deixando o
essencial abandonado e. também, descartando os valores que nos servem de
referenciais por onde navega a afetividade a serviço da integração.Toda
enfermidade tem muito de distúrbio – caótico ou relacional – sendo que a saúde
é sempre ordem, integração e equilíbrio.
Para
falta de confiança, de compromisso, de fragilidade, de medo não faltam
justificativas. Dai é só um passo para nos escravizar. E portas se fecham. A
vida requer muita luta e, principalmente confiança. Mesmo sendo seres
condicionados, podemos ser expert em criatividade, forjando nossa existência
com o todo integrado. Sermos prisioneiro daquilo que nos cerca, somos
instigados a nos libertar de prisões interiores e exteriores. Há uma capacidade
decisiva que habita dentro de nós a qual permite que a vida possa acontecer.
Entretanto,
não faltam motivos para nos desculpar diante da fragilidade, medo, desânimos
decorrentes de problemas pessoais. O Ego é especialista em transferir tais
sentimentos, de forma pretensiosa, para as situações, as coisas e as pessoas,
alheias à nossa pessoa. Então, as oportunidades se fecham.
Como
agentes do nosso destino passamos a ser vitimas, o resultado não pode ser outro
senão tornarmos vitimas de nós mesmos, ficando mais difícil cuidar bem da vida.
Urge voltar para dentro de nós e nos desmascarar, sendo o caminho mais correto.
É preciso apostar em nossa força criativa. Nosso compromisso com a gratuidade é
caminho seguro para uma vida de qualidade.
Compilado de Autor desconhecido
CAIXA PRETA Roberto Lanza
17/10/2016
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