CRIATIVIDADE
Segundo a
filosofia de Jung: “O homem só se torna um ser integrado quando... consciente e
inconsciente aprenderem a conviver em paz e completando-se um ao outro”.
Sendo assim , o inconsciente é criativo. É nesse sentido que tomamos o
inconsciente como fator importante para a criatividade, que nada mais é do que
um processo, individual ou grupal, de natureza mental e emocional, num dado
contexto cultural, em que se procura ver de maneira nova uma dada situação.
Isto
significa que, ao criar, rompemos com os velhos padrões e propomos um novo
modelo de abordagem da realidade. Mas, para ser criativo, não basta inovar. É
preciso que a idéia proposta seja relevante: isto é, ela tem de ser uma
proposta válida a uma dada situação.
No entanto, quanto mais familiar é o objeto,
mais difícil é vê-lo dentro de novo contexto.
As barreiras
à criatividade normalmente podem ser estruturais (de ordem psicológica,
cultural ou ambiental) e processuais (ligadas à linguagem, rigidez funcional e
hábitos).
As barreiras
psicológicas inibem nossa capacidade conceitual e impedem a comunicação. São
alimentadas pela nossa preferência pelo predizível e o ordenado e pela nossa
inabilidade para com o desconhecido e o ambíguo; também pela nossa orientação
para a realização e o sucesso rápido e pela nossa intolerância para a incubação
e o desenvolvimento de idéias; pela valorização do que é (sensação) em
detrimento do que poderia ser (intuição); e, finalmente, pelo nosso medo de
fracassar.
Fomos
criados para dar as respostas certas e, raramente, a criatividade é
recompensada. Evitamos correr riscos que podem nos levar a enganos, ao prejuízo
e ao ridículo. Como temos uma alta necessidade de sermos aceitos, daí todos os
tipos de censura que recebemos desde a infância. Internalizada transforma-se em
autocensura.
É
extremamente difícil descrever fisionomias que somos perfeitamente capazes de
reconhecer. As testemunhas revelam total incapacidade para fazer uma descrição
verbal de um delinquente visto
anteriormente, mas indicam com precisão
a imagem do indivíduo ou mesmo a sua fotografia.
SEGUNDO KANT: “Os
conceitos sem as intuições são vazios, as intuições sem os conceitos são
cegos.”
Daí a importância da intuição e da
criatividade para poder dar à simbolização a sua capacidade de evocar e de
enunciar a verdade, principalmente sobre a observação dos fenômenos recorrentes
na natureza, para posteriormente descrevê-los.
Vejamos o que publicou o Jornal Folha de São Paulo de 26/03/1998:
“O que faz a gente ser grande é não
perder o futuro de vista. É chegar a uma porta, fincar a bandeira da conquista,
nesse mesmo instante começar a buscar outros portos. É criar desafios, calcular
riscos, avançando sempre. Porque a grande aventura é viver. E a vida, assim
como as ondas, tem jeito diferente de se repetir, de prometer descobertas e
abrigar todos os tipos de sonhos e embarcações. O que faz a gente ser grande é
ser como o mar; incansável na sua procura pela onda perfeita, até descobrir que
a perfeição está na própria busca”.
CAIXA PRETA
06/01/2015
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